Çok Güzel

Queria falar turco que nem essa canadense. hehehe
Tenho curtido muito a música de lá, especialmente clássica. Se tem influência cigana então…Não vejo a hora de ver o Selim Sesler ao vivo.

Dá pra vê-los tocando juntos no filme “A noiva turca” (Head on) de 2004 e no “Crossing the Bridge” de 2005, ambos do diretor Fatih Akin, um alemão de descendência turca, mas esse é só o primeiro de muitos posts sobre esse cara e esses filmes… :)

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O depois

Acho que o que faz a vida dos ocidentais e dos orientais seguirem caminhos diferentes é a visão dos mesmos sobre a morte.
O ocidental vive como se a morte não fosse acontecer. Desde que nascemos, uma fila de coisas existem à nossa espera, que serão plantadas pelos  nossos pais desde os primeiros dias. Fazemos planos, queremos ter um puta trabalho, juntamos dinheiro, planejamos o futuro…E nos preocupamos TANTO com isso, passamos tanto tempo da vida dedicando (muitas vezes se acabando) a algo que PODE acontecer, que não vivemos o presente. Ou seja: isso é viver?

No oriente as pessoas nascem encarando e aceitando a morte como a única certeza. É até bizarro ver o quanto as pessoas não tem medo de morrer, no dia a dia. Os tipos de trabalho que elas se sujeitam a fazer, a maneira como elas vivem, quantos riscos se colocam…E simplesmente não tem medo. E por não terem medo, não emporcalham todas as coisas, não dá errado.  São instintivos.

Nossa, nós ocidentais somos tão recalcados! hehehe A gente saiu tanto da nossa essência, fugiu da nossa natureza, nega, finge que não existe, tenta criar outra coisa…Só por ser tomado pelo desejo inacabável de criar e destruir, das coisas mundanas, dos ciclos viciosos.’

Tem sido um pouco difícil pensar ou concluir algo com tanto contrastes, mas sinto que de alguma forma não perdi a essência infantil (que é a essência oriental) totalmente e por isso é possível lidar. Depois, aprendi também que o que importa não é concluir ou julgar nada e sim, observar. Mas isso é só parte de um processo.

Por enquanto quero viver mais o hoje. :)

Escuta

k1929

“All ideologies are idiotic, whether religious or political, for it is conceptual thinking, the conceptual word, which has so unfortunately divided man.”

“In oneself lies the whole world and if you know how to look and learn, the door is there and the key is in your hand. Nobody on earth can give you either the key or the door to open, except yourself.”

Jiddu Krishnamurti

Reminder

imperiousrex

Fica a dica

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8×10 Tasveer

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Sexta passada, eu e os(as) amigas do trabalho fomos pra Panjim ver o Bollywood estreiante do dia. Antes de chegar achei que veríamos “Aloo Chaat”, mas esse, só na outra semana. Assistimos “8X10 Tasveer”, que no começo achei que não entenderia nada por não ser um Bollywood típico. Os filmes de dança, que você vê os clipes na tv e qual os atores dublam os reais cantores, tem histórinhas muito simples, superficiais, final feliz, boa mensagem…Mocinho, mocinha, vilão, amor proibido…

Esse não. O vídeo acima é o único de divulgação do filme e eu já comecei dando risada por ver o Akshay Kumar, esse tiozinho bem apessoado aí, dando uma de rapper. Os indianos AMAM isso, mas é bizarro você ver um ator dançando os passinhos e remexendo a bundinha loucamente com outros 60 performers e depois ver ser rapper e depois ouvir uma banda de rock que parece legal e…ó lá, tá ele de novo! hehehehe

Na Índia é assim. Os cantores de verdade quase não aparecem. Os clipes são como trailers que chamam pros filmes, e os atores interpretam o que tá sendo cantado. – Pop, MUITA popmusic! – Ligo na MTV 15 minutos enquanto tomo banho antes de ir pro trabalho e é o suficiente pra eu ficar um dia inteiro com um refrão na cabeça e rapidamente reconhecer tudo que toca no rádio, nas baladas, nas rés de carro e até na espera de celular. – Sim, enquanto chama a ligação, fica tocando “Kabhi kabhi aditi…blablabla”.  hahaha É demais.

Mas enfim…Voltando ao Akshay Kumar e o 8X10, a história era sim idiota, portanto compreensível, mesmo em Hindi. É fato que sempre, sempre os indianos me surpreendem na produção…O filme é feito na Nova Zelândia e tem cenas lindas! Além de tudo,  dura só duas horas (normalmente Bollywood é no mínimo três) e eu, comia um belo balde de pipoca caramelada, foi sossegado pra aguentar.
O que acontece é: Assassinaram o pai do cara, que tem poderes paranormais. Ele consegue tocar numa foto, entrar num transe quase mortal e voltar pra cena durante 1 minuto, e é claro que começou a fazer isso para desvendar a morte do pai. Ele deixava claro que guardava um segredo de infância, e com o decorrer dos acontecimentos, sacamos que é o desparecimento do seu irmão gêmeo, que…Volta na história…

Enfim…Disso pro final é um passo. E o que desanima é a obviedade, mas é entretenimento, puro, como tudo que é arte aqui na Índia. Voltei pra casa querendo mais é ver um filme de três horas dançantes, que dá quase vontade de levantar e imitar no meio das poltronas! Mas infelizmente eles só levantam no meio das poltronas, pra cantar o hino nacional, antes de cada exibição, de qualquer filme. Sempre. hehehehe

Inglês indiano

Comecei a aprender Inglês quando era criança. Fiz aulinhas em várias escolas, parei aos 16, 17, mas só fui praticar MESMO depois que saí do Brasil, há um ano atrás.

Na Itália as pessoas não se esforçam muito pra falar a sua língua. Pela tradição e história do país, parece que eles não vêem motivo pra globalizar, relacionar e nem mesmo pra modernizar – ficamos surpresos como lá é atrasado até em relação ao mundo virtual. Italiano, fala italiano. Mesmo os que falam inglês, fazem você falar o que sabe de italiano só porque você está no país deles. Dono de restaurante perde freguês, mas não se esforça! hehehe
Felizmente, a língua não é tão difícil pra gente e convenhamos que a sonoridade dela…é uma delícia! :)

Quando cheguei na Turquia, tive que falar inglês na marra. No começo estava entrando em parafuso. Se já não bastasse ter toda uma vida nova, estar na empresa onde meu marido ia trabalhar, dormindo, comendo e convivendo, ainda tinha que relacionar com a galera? Sério? Em inglês? hahaha
Turcos usam inglês como brasileiros. Nem todo mundo fala, mas dá pra achar fácil nas grandes cidades. Mesmo assim, é necessário aprender um pouco de turco (a língua do “The Sims” hahaha – mas agora já tô acostumando) pra ler um cardápio, por exemplo.
Eu, sei tudo que é nome de comida! Tavuk, balik, ekmek, patate, kaşar…Não preciso de mais nada! hehe
Enfim..comecei usando um inglês tímido, daqueles que pára e gagueja um montão de vezes. Mas com o tempo fui acostumando e percebendo o quanto quase ninguém fala inglês perfeito mesmo, sendo gringo.

Quando vim pra Índia, já fiquei um pouco mais sossegada por saber que aqui o Inglês é língua oficial (como tantas centenas de outras) e sabia que em Goa quase todo mundo falava por ser um lugar altamente turístico e cheio de estrangeiro. Mas as coisas são um pouco diferentes do que eu pensava. A primeira língua do Indiano, é o Hindi, mas nem todo indiano sabe sequer alguma palavra. É esquisito estar num país onde as pessoas nascidas no próprio não conseguem se entender. Como tudo na Índia demora 100 vezes mais que nos outros lugares, é como se eles ainda estivessem decidindo que língua usar. hahaha Aqui em Goa, a língua oficial é o Konkani e o nosso querido e pobre Inglês. Pra se comunicar, tudo o que você precisa saber são palavras básicas. Indiano é objetivíssimo, só passa o sentido, o pedido, o que for, sem fazer firula NENHUMA.  Não tente explicar nada. Qualquer explicação pra indiano parece mentira, então é melhor que você invente uma mentira de verdade pra querer o que quer.

Por exemplo: Meus chefes ficam numa casa emprestada aqui e eu não vou lá com frequência, mas quando eles não estão, algumas vezes é necessário checar alguma coisa, entrar no condomínio, enfim…E normalmente, o porteiro vinha me encher. Na primeira vez eu expliquei tudo:

– Hi, I work with Ozan and Borga and they stay here at house number 4. They are not at Goa in the moment but  I would like to please, go inside because I have to take the key of this bike they left here. – (A moto, na garagem, parada à meses ).

Pra que tudo isso? Eles escutam só as 5 primeiras palavras ( e não entendem todo o frufru em volta)  e passam o problema pra outra pessoa. Me fez esperar meia hora até o Bob, gringo, “síndico” do condomínio poder me atender, mal me ouvir e balançar a cabeça dizendo que eu podia entrar. hehehe

Da próxima vez, fui mais direta. Já fui entrando, e quando ele perguntou:

– Man, I live here, you dont know me, I was out.

– Ok, mam.

Grrrrrr!!! hehehe. É comum também se comunicar na Índia usando uma só palavra. Muita gente só sabe uma ou outra mesmo. – Eat, Eat! – Come, come! – Take, take! – Foda é que nesse caso, muitas vezes você faz uma pergunta que eles sabem responder em uma só palavra, e você, sem prestar muito atenção na cara de “não sei mais nada” do sujeito, chega bombardeando de outras perguntas. E eles? Fazem você parar e explicam que “no english”??? De jeito nenhum! Indiano não diz não, vai tentar conversar com você da forma que for e fingir que está te entendendo. Até você fazer uma pergunta e eles repetirem a pergunta ao invés de dar uma resposta. :)

Erro básico também, é a troca de estrutura:

– “Nice it is”/ “There it is”. (Leia-se naicitis, déritis) – ao invéis de It’s nice, it’s there.

Também tem mania de falar “only” no fim da frase, quando você pergunta algo que ele não sabem ou ficam sem jeito de responder.

– Filomena, did you clean the garden as I asked you?

– I cleaned only. (balançando a cabeça modo pêndulo)

– It’s like this only. Uatudu?

Ou ainda, na troca de estrutura:

– Is there cheese in the freege?

– Hmmm…littlllle is there.

Na Índia as línguas já tão tão misturadas que até quando você tá vendo algo em Hindi na TV, tem um mooonte de expressões e  frases inglesas no meio, de modo indiano, aí além de hindi e inglês, eles falam também esse hindenglish, que faz sempre você achar que tá entendendo algo, mas na hora crucial…mudam de língua. hehehe Por causa dessa diversidade, pra eles é muito fácil aprender uma nova língua. Muito indiano fala 6,7, especialmente os jovens.

Eu, só sei que a aqui, a cada dia que passa pratico mais e o meu inglês…pior fica. hehehe

Baleias em Anjuna

Perto das 3 da tarde, a Hande, uma super amiga do Onur (também Turca) ligou pra ele e eu pude ouvir a entonação dela primeiro e depois, os berrinhos de surpresa dele quando desligou.

– Gente, a Hande disse que encalharam 9 baleias na orla de Anjuna essa noite! Tá todo mundo indo pra lá!

Aí começou aquele burburinho de “Ah! Mas por que será que eleas morreram?”, “Que tipo de baleia era? ” E eu, a única coisa que consegui pensar foi: “Zaffer, vc tá com a câmera aí? “.

Feito. Peguei a bolsa e fui dirigindo num puuuta bafo de 40 graus até o Flea Market, que acontece toda quarta, na mesma praia. Achei o acúmulo de pessoas menor do que o esperado e fui, decidida, entre as lojinhas coloridas dos indianos, andando até a areia.

Andei até o mar, tirei o chinelo, tirei a câmera da bolsa, olhei de um lado pro outro e…Me senti a mais anta das antas por ter caído nessa piada IDIOTA de primeiro de abril.

hahaha