Alguns dos filmes citados hoje eu já tinha visto, mas a reunião de amigos e/ou qualidade da obra fez valer a pena o repeteco!
Vale das flores (Valley of the flowers) – 2006 ★★★
Filme Indiano/Francês do diretor Pan Nalin, o mesmo do maravilhoso “Samsara”. “Vale das flores” não me tocou tanto quanto o anterior, mas é interessante. Conta uma história lendária do Himalaya sobre amor, reencarnação, vida eterna, morte…O clima é bastante fantástico, vai do épico ao moderno e mais uma vez questiona o que é real e ilusório. Achei um pouco longo, mas até que vale a pena pela atmosfera diferente.
Baraka – 1992 ★★★★★
Já vi umas 5 vezes e não canso nunca! Filme sem texto, só com imagens lindas focadas na beleza das nossas paisagens e nos diferentes povos que habitam o planeta – índios, africanos, judeus, sufis, monges, crentes e ateus – contrapondo com o que essas diferenças e a ganância podem fazer à nossa beleza natural. Maravilhosa fotografia e documento cultural.
Tokyo! – 2008 ★★★★★
Filme dividido em três histórias geniais passadas em Tokyo (claro) e dirigidas por três ótimos diretores. Me interessei quando vi que uma delas era do Michel Gondry, mas as outras duas são tão boas quanto. Ouso dizer que a que mais gostei foi a segunda delas, sobre um homem misterioso chamado Merde, que vive nos bueiros da cidade, fala uma língua que ninguém entende, aterroriza todo mundo e vive comendo flores e dinheiro. Um puta personagem! As outras histórias contam a saga de uma garota buscando um sentido pra vida e entrando em mutação e a de um cara recluso que se interessa por uma entregadora de pizzas. Muito bom!
O homem do futuro – 2011 ★★★★
Filme brasileiro em cartaz do Claudio Torres, mesmo diretor de “Redentor” e “A mulher invisível”. Conta a história de um físico loser e sozinho, ressentido por ter sido humilhado por seu grande amor 20 anos antes. Famoso e competente na área que exerce, ele cria uma máquina que pode levá-lo ao passado e fazer com que as coisas sejam diferentes.
Apesar do plot “voltar ao passado” ser batido, os passos que os personagens dão para mudar seus destinos são bem originais e questionadores. Como sempre, a atuação de Wagner Moura é impecável, dessa vez, unida à beleza inquestionável da Aline Moraes. Boa trilha sonora, bom entretenimento.
Ondas do destino (Breaking the waves) – 1996 ★★★★★
Meu favorito do Lars Von Trier, quisá um dos meus filmes favoritos at all. Já falei dele no blog. Lançado em 1996, conta a história de Bess, uma garota nascida numa vila minúscula, criada rigidamente nos moldes religiosos e vista pela família como mentalmente atrasada. Se apaixona e casa com um homem de fora, e sua paixão louca começa a virar uma preocupação exacerbada pra família e costumes da comunidade em que vive. História linda cheia de amor, doação, cumplicidade, conflito e muito drama, claro, tão típico dos filmes do Von Trier. A trilha também é ótima!
Copacabana – 2010 ★★★
Filme francês/belga em cartaz, sobre Babou, uma mulher anti-convencional, amante do Brasil e da bossa-nova, que se sente rejeitada após a filha não a convidar para o próprio casamento, nos moldes mais conservadores possível. Depois da decepção, Babou decide provar que pode levar uma vida dentro dos padrões e resolve pela primeira vez na vida conseguir um emprego normal, como corretora de imóveis. O plot é basicamente sua relação com a filha, e seu jeito único, e Isabella Ruppert interpreta a personagem com maestria; ela é de fato bem engraçada. Filme pouco marcante, mas ótimo passatempo.
Edifício Master – 2002 ★★
Documentário brasileiro de 2002 sobre os moradores de um prédio bem perto da praia de Copacabana. O filme conta um pouco da história do prédio e sua restauração geral. O local, que era habitado por prostitutas, traficantes e lócs de todos os tipos, teve grande mudança nas últimas duas décadas e hoje abriga uma diversidade absurda de pessoas em seus 12 andares com 23 apartamentos cada. O plot não é mal, mas não apresenta nada de novo. No fundo, o que toca é a história de cada uma das pessoas que se expõem, mas isso não é mérito do roteiro nem do diretor, por isso, humildemente (:P) honrei-o com duas estrelinhas. rs
The work of director Michel Gondry – 2003 ★★★★★
Documentário contendo os melhores videoclips e curtas da carreira do diretor…Desnecessário falar que é demais. Björk, Beck, Chemical Brothers, Kylie Minogue, Daft Punk, White Stripes e outros trabalhos são relembrados e comentados pelos envolvidos. O filme também mostra um pouco do processo criativo do Gondry que no mínimo único! Bizarramente genial! :)
HOME – 2009 ★★★★
Filme de imagens aéreas maravilhosas do planeta, muitas delas de pontos nunca vistos. Aborda a beleza da Terra e a “destruição” dela nas mãos do homem. Apesar do tema ser um tanto over, esse documentário deve ter o que há de top em imagens da terra. Se alguém souber de um mais completo e bonito, me indica! ;)
I´m a cyborg but that´s ok – 2006 ★★★★
Filme sul-coreano sobre uma garota que é internada num hospital psiquiátrico por achar que é um cyborg e chegar ao ponto de sequer conseguir comer. Lá ela luta para vencer suas paranóias e chama atenção de outro interno, um garoto que acha que rouba a alma das pessoas e quer a todo custo ajudá-la. Tudo isso, mostrado de forma super leve e engraçadinha.
Uma comédia romântica extremamente original e cheia de detalhes. A atriz que interpreta a garota cyborg também é perfeita para o papel. Recomendadíssimo.
Ashes and Snow -2005 ★★★
Longa poético sem narração ou diálogo que retrata o estado “meditativo” dos animais, ao lado de humanos confortavelmente envolvidos na mesma cena. Danças, abraços…O homem num habitat que não lhe é comum. Fotografia bonita (apesar do 100% sépia), cenas marcantes…Ms pra mim, perde um pouco o sentido por parecer meio ensaiado/montado demais. Acho que esperava algo mais espontâneo, talvez. Mesmo assim, é bonito, passaram a mensagem que queriam. Bom pra deixar passando de pano de fundo em algum momento…
RIP – A remix manifesto – 2009 ★★★★★
Documentário surpreendente sobre direitos autorais. Infelizmente, a música é a única arte que transformada em outra coisa, vira um processo jurídico. O filme aborda bastante isso, o quanto é injusto o fato de ter que pagar pra usar um clássico ou mesmo (teoricamente), ouvi-lo. Um dos focos é a situação de um musicista (Girl talk) que usa samplers de outras músicas pra fazer as próprias, originalíssimas e quase sem referência às que foram utilizadas. Dessa forma, ele responde por processos pesados, assim como alguns coitados americanos downloadeadores de música. rs
Bizarro. Vale muito à pena porque é um assunto interessante/importante e é bem pouco abordado. Aí vai o trailer. Dá pra ver ele completo pelo youtube também. ;)